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Impressão serigráfica
sobre espelho

Iluminações

2007

As Paisagens Luminosas são resultado de um mesmo processo de concepção de imagem: seus pontos de partida materiais são exames clínicos (que dão a ver aquilo para o que não há, em princípio, luz suficiente para a visão: o interior de nosso corpo vive em trevas...) – processos relativamente “fotográficos”, digamos – manipulados e convertidos por impressão, que tornam a imagem algo desvinculado de sua origem objetiva; ou seja, um meio de dar ao trabalho daí resultante a autonomia que a artista dele exige.
Os problemas de ordem visual e conceitual que interessam dizem respeito à estreita relação entre aquilo que podemos ver e o que não podemos ver, a “aparição” diante de nossos olhos se dá pela desvinculação entre o que significam (para um clínico, para nós) e o que parecem significar.
O que importa é o empenho em constituir um campo determinado de atuação sobre o olhar, de modo a fazer da experiência visual um momento privilegiado de organização do mundo, ainda que a ordem daí encontrada – que deriva de fenômenos luminosos – seja oriunda da mais absoluta obscuridade de que partam.

Reynaldo Roels, 2007

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