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Monica Arcoverde Mansur (Rio de Janeiro) é artista visual brasileira, trabalha e reside no Rio de Janeiro, onde possui um ateliê em atividade, numa bucólica vila em Botafogo. Seu processo artístico se desenvolve dentro de preocupações como o isolamento e desindividualização do ser contemporâneo, a ausência e o rastro da memória/tempo, a transformação do pensamento/visualidade pela introdução de uma constante estética da repetição, a banalização do particular e idolatria efêmera da eternidade de um único real. O trabalho, hoje, é pontuado pela pesquisa voltada para a imagem em sua formação física e no desenvolvimento da produção de imagens capturadas com câmera sem lente (pinhole ou estenopeica), fotografia utilizando métodos históricos, diversos tipos de impressão, posteriormente usadas em foto objetos e instalações dispostas em ocupações espaciais. 


Uma artista com atuação nacional, participa de eventos de fotografia no país e expõe institucionalmente em vários estados: FotoRio (RJ), Foto em Pauta (MG), Festival Hercule Florence (SP), Paraty em Foco (RJ), MAC Paraná, MAM Santa Catarina, SESC São Paulo, Pinacoteca São Paulo, Museu da Gravura da Fundação Cultural de Curitiba, Casa de Cultura da América Latina Brasília DF, MNBA Rio de Janeiro, SESC (RJ E SP), CCJF Rio de Janeiro, Caixa Cultural Rio de Janeiro, Oi Futuro/RJ e muitos outros. Sua obra está em coleções particulares e públicas. Esteve representada exclusivamente pela Galeria Valu Oria (SP) durante 10 anos, e com ela participou de inúmeras feiras no Brasil e no exterior: ArCo Madrid, Arte BA, Art Basel, ArteBogotá, ArteRio, SPArte...


Trajetória
Iniciou a vida profissional como Arquiteta (Graduação pela FAU/Universidade Federal do Rio de Janeiro - 1980), mas logo decidiu focar exclusivamente seu fazer nas artes plásticas, prática existente em conjunto com a Arquitetura. A partir desta decisão, passou a frequentar o núcleo de gravura da EAV/Parque Lage, em 1986, onde trabalhou por pouco tempo até ser convidada para se juntar ao gravador premiado José Lima, com quem conviveu em ateliê até sua morte, em 1992. A partir daí, montou seu próprio espaço, continuando sua trajetória como gravadora, expondo individual e coletivamente, no Brasil e no exterior. 


Em 1996, ingressou no Programa de Mestrado da Escola de Belas Artes da UFRJ (obteve o título em 2000), com a intenção de desenvolver uma pesquisa (já iniciada quando pós graduou-se em História da Arte pela PUC/RJ, 1996) relacionada diretamente com a observação de conceitos contidos no seu trabalho como artista (a gravura já tinha extrapolado as bordas bidimensionais do suporte) e a relação deles com a produção contemporânea. Seus achados resultaram inicialmente numa tese que se transformou em livro (Olhar repetido – reprodutibilidade e a arte contemporânea – Editora Binóculo, 2004) e levaram a artista em direção a novos meios para expandir processo e produção artísticos, como a fotografia e o vídeo.


Enquanto o processo individual transcorria, aquele interesse pela arte que acontece ao redor levou espontaneamente ao trabalho coletivo, uma porção da sua vida profissional que produziu inúmeros frutos e possibilitou muitas realizações.


Estabeleceu um projeto chamado Dialeto, com a artista Lia do Rio, que se desenrolou por mais de dez anos (o primeiro aconteceu em 1998. Os dois últimos (Dialetos VII e VIII) realizaram-se em 2011. O projeto Dialeto contou com a participação de muitos artistas brasileiros e estrangeiros no decorrer de todos estes anos e resultou em exposições, livros, DVDs, além de ser mencionado em entrevistas, pesquisas e artigos em diversos meios de difusão cultural.


Participou de grupos coletivos como o Ateliê Rio Comprido e o Grupo Buraco de Fotografia. Sempre com o interesse voltado para a produção visual existente a sua volta, juntou-se à fotógrafa e artista Claudia Tavares e abriu o Espaço Figura, em 2004, local para encontros, exposições, cursos e workshops. Primeiramente localizado na Rua Joaquim Silva (Lapa, Rio de Janeiro), depois mudou-se para a Praça Tiradentes, no mesmo edifício onde funcionava a Galeria Durex Arte Contemporânea. A necessidade de expandir e oficializar a sociedade fez com que Claudia Tavares se tornasse sócia da Binóculo Produção e Editora em 2009, existente desde de 2007 e criada com a intenção de aumentar a visibilidade e os meios de realização dos projetos da artista e de seus parceiros.


Dentro desta formação, Monica Mansur publicou dez livros de arte, entre monografias, livros de artista, livros teóricos e de entrevista, produziu inúmeras exposições e projetos artísticos de grande monta, materializou eventos em instituições por todo o Brasil.


Desenvolvendo seu processo, com interesse na formação e percepção da imagem como ideia e sua apresentação como a de um real possível e mutável, efêmero e atemporal, continuou seus dedicados experimentos dentro do mundo da fotografia estenopeica (sem lente/pinhole) iniciados em 2007 e nunca mais abandonados. Participou de muitos eventos, festivais e projetos (Revista Visualidades/UFG ), Possibilidades da Câmera Obscura (publicação premiada com o Prêmio Funarte e Prêmio Marc Ferrez de Fotografia 2014), Um Recorte da Fotografia Brasileira, exposição em 2016 e 2017, entre outros). Assim, a fotografia pinhole tornou-se o instrumento fundamental na elaboração de sua obra.


Em 2017, decidiu retornar para a intimidade do atelier, voltando a atuar como artista solo, perseguindo sua pesquisa sobre captura de imagens e sobre o caminho da luz e a ocupação da imagem no espaço em torno do observador. Seu trabalho alargou-se, para fora dos cantos e paredes transbordou, envolveu os olhos e os corpos, tornou-se a própria paisagem.


Formação

Graduação em Arquitetura, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo FAU/UFRJ, Janeiro de 1980.


Cursos Extras na Escola de Artes Visuais, EAV Parque Lage/RJ (Oficinas de Gravura em Metal, Serigrafia e Litografia, Núcleo Teórico: Estética, História da Arte, História da Pintura) - De Julho de 1986 a Janeiro de 1991.

Atelier do gravador José Lima - De 1987 a 1992.

Pós-graduação em História da Arte e Arquitetura no Brasil, Pontifícia Universidade Católica PUC/RJ, conclusão em Dezembro de 1995. Defesa de Monografia em Agosto de 1996.

Oficina de Fotografia e Laboratório, Fotoriografia/RJ – De março a dezembro de 1997.

Fotografia, Escola de Belas Artes, Universidade Federal do Rio de Janeiro EBA/UFRJ – De março de 1998 a dezembro de 1999.

Mestrado em História e Crítica da Arte, Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes, Universidade Federal do Rio de Janeiro EBA/UFRJ. Defesa de Dissertação em Outubro de 2000.

Artista Visual e Fotógrafa

Áreas de atuação 

Gravura, Fotografia,

Fotografia Pinhole (Estenopeica), Impressão, Fotografia Alternativa, Produção Cultural, Edição.

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