A pesquisa sobre a natureza da imagem, em relação ao que se vê e o que é visto, apresentada numa realidade única que se mostra só no momento em que olhamos e experimentamos a situação de arte criada pela obra, desenrolou-se na ocupação do espaço pelas refotografias (a série em que imagens médicas são trabalhadas e impressas em diferentes suportes): aparece Tomós, menção aos recortes planares de um objeto tri-dimensional, modo de representação simplificado da terceira dimensão no espaço.
Ao mesmo tempo, a imagem sai para ocupar este espaço de forma definitiva e eficaz, mimetizando o que, no passado, a artista já fazia com as gravuras em metal compostas de papéis empilhados, os pacotes e os planos superpostos. O uso da transparência evidencia o flutuar que é a forma como o olhar se faz, o que vemos não está preso a nada, a nenhum suporte!!!