A gravura “tradicional”, imersa na perfeição do fazer, passou a ser algo mais amplo para mim, do ponto de vista formal: continuo a fazer “gravura”, na condição de conceito mas percebi que não era simplesmente o meio que direcionava o meu pensamento e minha prática. A força propulsora estava nas noções e conceitos embutidos no ato de reproduzir.
Então, posso afirmar que estes procedimentos conceituais são as questões que discuto no meu trabalho, principalmente por que são procedimentos que circulam pela contemporaneidade, e a existência deles afeta toda a visualidade contemporânea. A “gravura” é ainda um meio muito jovem e excitante, com todos os novos media: técnicas de impressão por plotagem, impressoras a laser, jato de tinta ou cera, matrizes digitais ou fotográficas que, ao invés de substituir a gravura dita “tradicional”, somam suas forças na intenção de questionar a visualidade do nosso século, de discutir o viver contemporâneo.